A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas de Santa Maria,  que funciona ao lado do Hospital Casa de Saúde, atendeu 119,4 mil pessoas durante o ano de 2018. Além disso, realizou mais de 88 mil exames laboratoriais e mais de 20 mil exames radiológicos.

Gerenciada pela Associação Franciscana de Assistência à Saúde (SEFAS), a primeira unidade de porte III do Estado supera o total de atendimentos de UPAs do mesmo porte de cidades maiores. Os números impressionam pela quantidade e complexidades dos casos que chegaram até a UPA no ano passado: Apenas emergências totalizaram mais de 8 mil casos – quase um atendimento emergencial por hora.

“Estamos muito próximos de atingir a meta de atendimentos do Ministério da Saúde, graças à nossa capacidade de atendimento, competência das equipes técnica e médica, além de nossa estrutura física”, avalia Gabriel Gausmann Oliveira, coordenador administrativo da UPA.

No local, existem 12 leitos de observação adulto, 2 de isolamento, 4 pediátricos e 4 de emergência que raramente ficam ociosos e operam dentro da demanda exigida nas áreas de clínica geral e pediatria. A estrutura é tão completa que seis médicos atuam por turno na UPA.

 Atendimentos graves

Também chamam a atenção os dados referentes à gravidade de casos atendidos no

local: Conforme as informações coletadas, mais da metade dos pacientes graves com indicação de tratamento em Unidade Tratamento Intensiva (UTI) permaneceram na UPA. Um dos fatores é a dificuldade de transferência aos hospitais de referência.

“Trabalhamos em conjunto com os hospitais da região para que a UPA estabilize o paciente e, conforme a gravidade do caso e capacidade de atendimento desses hospitais, encaminhamos os pacientes para internação”,observa Gausmann.

A maioria dos pacientes em estado grave apresentou problemas cardiológicos e neurológicos. Ao longo do ano passado, a UPA atendeu 793 casos de pacientes psiquiátricos em surto – uma média de dois por dia. A maioria foi encaminhada para acompanhamento no CAPs (Centro de Assistência Psicossocial) do município.

A quantidade de atendimentos realizados no ano passado foi tão grande, que é como se quase metade da população da cidade tivesse passado pela UPA em um ano (cerca de 261 mil pessoas segundo dados do IBGE).

“O trabalho na UPA exige das equipes técnicas, mas também exige o gerenciamento em vários aspectos como de pessoal, de materiais e administrativo. Impressiona o número de atendimentos e a gravidade dos casos. Outro motivo que, muitas vezes, sobrecarrega a UPA é a falta de leitos, o que faz com que pacientes fiquem ocupando leitos de observação”, afirma irmã Ubaldina Souza e Silva.

Fonte: Assessoria Sefas

Crédito da foto: Divulgação/Sefas