Política, Região

Foi protocolado na segunda-feira (20), o pedido de renúncia ao cargo pelo então vereador Rui Milbradt (PP), na Câmara de Vereadores de Agudo.

Conforme Milbradt, a decisão de renunciar ao cargo se dá em razão de denúncias realizadas ao Ministério Público (MP) contra sua empresa. O empresário alugou máquinas para uma empresa terceirizada que presta serviços para a Prefeitura de Agudo.

“Eu apenas loquei o maquinário da minha empresa para uma terceirizada realizar o trabalho, estão distorcendo as coisas”, explicou o ex-vereador.

Para Milbradt, a razão das denúncias é política, tendo em vista que seu nome é cogitado como pré-candidato ao cargo de prefeito. “Nada de errado foi feito. Tudo está na maior legalidade possível”, destaca Milbradt.

O que diz o MP?

Conforme a promotora de Justiça de Agudo, Daniela Sudbrack Gaspar Raiser, o Ministério Público recebeu a informação de que irregularidades na prestação de serviços da Patrulha Agrícola estavam acontecendo.

“A informação chegou de que a empresa vencedora da licitação não estava realizando a prestação de serviços, e sim a empresa do então vereador. Há uma Lei Orgânica que veta a prestação de serviços por empresas de vereadores ao município”, ressaltou.

Ainda segundo Daniela, as investigações seguem em diversos órgãos, além do Ministério Público.

“Não consigo repassar mais detalhes, pois a investigação está em andamento. Realizei alguns encaminhamentos, a investigação não segue só pelo MP. Haverá mais desdobramentos”, frisa Daniela.

Caso está em andamento no Ministério Público. Foto: Guilherme Simon

O que diz o presidente da Câmara?

O presidente da Câmara de Vereadores do município, Itamar José Puntel (MDB), comenta que no dia 19 de junho a Câmara recebeu um ofício do MP com documentos em relação às investigações que estavam tramitando no órgão, as quais tem como investigado Milbradt.

“A mesa diretora da Câmara recebeu a documentação para que ficássemos cientes das investigações, e para que tomássemos medidas cabíveis”, destaca Puntel.

No dia 1º de julho, a mesa diretora disponibilizou o processo, que contém mais de mil páginas, para que os demais vereadores ficassem a par em relação ao teor do processo.

“Nós da mesa diretora disponibilizamos o processo, e dei o prazo de 15 dias para os demais vereadores soubessem o teor da documentação. E então, no dia 15 deste mês, uma reunião on-line foi realizada, onde pudemos sanar algumas dúvidas em relação a alguns documentos e ouvir Milbradt”, comenta Puntel.

Com a renúncia de Milbradt, o processo não terá andamento na Câmara já que renúncia foi comunicada antes da abertura do processo interno no legislativo agudense.

 

Crédito da foto: TRE/Reprodução