Uma grande mobilização marcou o Ato em Defesa do Direito à Aposentadoria, realizado no fim da tarde desta sexta-feira (22), no Centro de Santa Maria. Milhares de pessoas protestaram em uma marcha que percorreu as ruas centrais da cidade.

O ato iniciou com uma concentração na Praça Saldanha Marinho, onde dirigentes sindicais se revezaram em vários discursos. O diretor do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Rafael Torres, chamou atenção para dura realidade enfrentada pelo Chile, país em que o governo Bolsonaro se inspirou para formular a Emenda Constitucional que trata da Reforma da Previdência.

“Essa emenda vem para acabar com a previdência atual que o trabalhador possui para substituir por um modelo falido, onde milhares de aposentados recebem menos da metade de um salário mínimo chileno”, afirmou Torres.

Conforme o diretor do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região, Claudenir Freitas, a Reforma da Previdência foi feita na medida para os bancos privados, que estão de olho nos polpudos lucros que serão capitaneados via previdência privada.

“Estamos fazendo uma reforma que vai prejudicar os trabalhadores e beneficiar os bancos privados. Mas também é preciso ressaltar outro ponto importante. Por que os militares têm a possibilidade de propor uma reforma que beneficia eles e o resto da população tem que engolir essa proposta?”, questiona Freitas.

O ato desta sexta, em Santa Maria, foi organizado pela Frente Única dos Trabalhadores, integrada por diversos sindicatos, coletivos e partidos políticos. O evento fez parte de uma mobilização nacional contra a Reforma da Previdência.

Texto: Maiquel Rosauro/AssessoriaCPERS

Crédito da foto: Maiquel Rosauro/Divulgação