O advogado Wagner A.H. Pompéo, santa-mariense e especialista na área de Direito do Trabalho, está atuando no caso do pai e filho que morreram após um acidente de trabalho na construção de um prédio em Sobradinho, no Vale do Rio Pardo, no último dia 20 de outubro.

“A família está consternada. Se perder um ente querido já é algo doloroso e que demora a ser assimilado, quem dirá como no caso, em que pai e filho perderam a vida por pura ganância e falta de observância ao que estabelece a legislação”, diz Pompéo.

De acordo com a Polícia Civil, o andaime onde os dois estavam teria se rompido e os dois caíram de uma altura de aproximadamente 12 metros. Pai e filho não estavam usando equipamentos de proteção individual, os EPIs. Eles eram moradores de Salto de Jacuí e estavam em Sobradinho para trabalharem na obra.

“Chega a ser inacreditável, mas os trabalhadores estavam a cerca de 12 metros de altura, em um andaime totalmente precário, construído basicamente a base de caibros de madeira e pregos, sem que lhe tivessem sido fornecidos quaisquer equipamentos de proteção”, afirma o advogado.

Local onde pai e filho morreram em Sobradinho.

Agora, a Polícia Civil investiga de quem foi a responsabilidade e aguarda o laudo do Instituto Geral de Perícias.

“Estamos acompanhando de perto a elucidação dos fatos junto ao inquérito policial que vem sendo brilhantemente conduzido pela Delegacia de Polícia de Sobradinho. Embora nada traga de volta a vida desses dois trabalhadores, conforme as coisas forem evoluindo adotaremos as medidas jurídicas cabíveis. Para quem já terá de lidar com a dor da perda, é fundamental não ter que conviver com o peso da injustiça”, ressaltou Pompéu.

Wagner A.H. Pompéo tem consollidado como um dos principais advogados da área trabalhista no Estado.

Uma trajetória marcada por casos de repercussão

O advogado Wagner H.A Pompéo tem se tornado um dos principais nomes da advocacia na área trabalhista da região Central do Estado.

Recentemente, o santamariense ganhou uma ação trabalhista para a família de Antonio Daniel da Rocha, de 22 anos, que morreu soterrado por cerca de 20 toneladas de grãos, no dia 25 de novembro de 2011, em um silo de arroz na cidade de Júlio de Castilhos. A família foi indenizada com uma pensão vitalícia, até os 75 anos de idade (média de idade de vida do brasileiro) e R$150 mil reais de danos para dividir entre a mãe e o filho.

Motorista de transporte escolar

Outro caso de repercussão em que Pompéo atuou foi do motorista de transporte escolar que morreu eletrocutado em Dilermando de Aguiar. Glenio Tadeu Sarturi, 44 anos, morreu eletrocutado quando desceu do veículo, que transportava alunos e professores, para retirar galhos que estavam no meio da estrada. A família da vítima será indenizada em aproximadamente R$ 600 mil.

Vigilantes mortos

Outros casos de repercussão em que Pompéo atuou foi nos assassinatos de dois funcionários do supermercado Bertagnolli. Ambos transportavam malotes de dinheiro do estabelecimento.

Luiz Antônio Rosa, 50 anos, à época, em 2017, trabalhava no supermercado Bertagnolli, localizado na rua Antônio Botega, no bairro São José, quando saía do estabelecimento pelos fundos, carregando um malote de dinheiro, e foi assassinado por dois bandidos ao tentar fugir. Ele deixou três filhas e uma companheira.

O outro caso aconteceu em 2013 quando Aníbal José Custódio, conhecido por “Foguinho”, que trabalhava no Bertagnoli de Camobi, foi morto a tiros quando transportava o malote do estabelecimento. Ele deixou três filhas e uma companheira.

 

Fotos: Bombeiros Voluntários/Sobradinho e Arquivo pessoal