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Os termômetros marcavam 2ºC e a geada ainda cobria o Parque da Medianeira, no início da manhã deste sábado (6), quando iniciou o Feirão Colonial, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, em Santa Maria. Mas o frio não desanimou agricultores e artesãos e nem espantou o público que há quase três décadas prestigia o evento. A partir de quinta (11), quando terá início a 26ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), a quantidade de consumidores será imensamente maior. A expectativa é receber, pelo menos, 302 mil visitantes até domingo (14), público registrado ano passado.

A Feira é organizada pelo Projeto Esperança/Cooesperança e Banco da Esperança, da Arquidiocese de Santa Maria; Cáritas Brasileira e Cáritas Regional Rio Grande do Sul; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); e Prefeitura Municipal de Santa Maria, com apoio de diversas entidades e instituições.

A Feicoop é o maior evento de Economia Solidária da América Latina e diferencia-se por unir em um mesmo ambiente uma feira com cerca de 10 mil produtos e o debate de temas como organização social, educação alimentar, sustentabilidade, reforma agrária, cooperativismo, agroecologia, entre outros. No total, serão 67 atividades programadas, como seminários, oficinas, reuniões, debates, audiência pública e encontros.

 “Seguimos a metodologia organizativa do Fórum Social Mundial, com eventos autogestionários. Ou seja, nós organizamos, articulamos e fomentamos a Feicoop, mas as atividades são coordenadas, gerenciadas e motivadas pelos seus proponentes”, explica a coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança e vice-presidente da Cáritas Brasileira, irmã Lourdes Dill.

A Feira evolui a cada ano. No início, por exemplo, não ocorria a comercialização de bebidas alcóolicas. Hoje, há expositores que vendem vinhos e cervejas artesanais (que não devem ser consumidos no local). O que não entra de jeito nenhum na Feicoop são cigarros e refrigerantes. Água também não é comercializada.

“Temos bebedouros com água filtrada e gelada em todos os pavilhões. Pedimos para que os visitantes tragam seus copos ou garrafinhas, assim diminuímos a quantidade de plástico”, solicita irmã Lourdes.

Na manhã deste sábado ocorreu o tradicional Feirão Colonial.

Três ambientes

A maioria dos eventos ocorre em três grandes ambientes interligados: o Parque da Medianeira, onde são instalados os lonões dos seminários, o Palco da Feira e a Praça de Alimentação; o Centro de Referência de Economia Solidária, onde se concentra a feira de produtos em pavilhões; e o Colégio Irmão José Otão, cujas salas de aula recebem oficinas, reuniões e encontros da Feira.

A Feicoop também é sinônimo de cultura. Nesta edição, serão 57 atividades culturais, como lançamento de livros, gravação de programas, apresentações musicais e exibição de vídeos e documentários sobre Economia Solidária.

Estrutura da feira já está sendo montada no Parque da Medianeira. Fotos: Maiquel Rosauro/Divulgação

*Com informações da assessoria de imprensa da Feicoop