A tragédia da Boate Kiss, que aconteceu no dia 27 de janeiro, e deixou 242 pessoas mortas e 636 feridas, ganhou um capítulo importante na segunda-feira (15). O juiz Ulysses Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, informou em por meio de despacho que os réus pelo incêndio da boate irão do Júri em março e abril de 2020.

O julgamento será realizado em duas datas. No dia 16 de março, Marcelo de Jesus, integrante da banda que se apresentava na noite de tragédia, e Mauro Hoffman, sócio da boate, serão julgados.

Após, em 27 de abril, será a vez de Elisando Sphor, sócio da boate, e o músico Luciano Bonilha.

O quarteto responderá pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo, asfixia ou outro meio insidioso ou cruel que possa resultar perigo comum, consumado 242 vezes e tentado 636 vezes.

Ministério Público deverá recorrer da decisão

Em entrevista concedida ao programa Direto ao Ponto, da Rádio Guaíba, na manhã desta terça-feira (15), o subprocurador-geral de Justiça para assuntos institucionais Marcelo Dornelles afirmou que o Ministério Público irá recorrer da decisão do juiz Ulysses Fonseca Louzada. Ele explicou que esta medida não atende o interesse da sociedade.

“O interesse é para que tenhamos um julgamento só, até porque o somatório de eventos que aconteceram em Santa Maria envolvem todos os réus. A separação dos julgamentos não atende o interesse da sociedade”, disse Dornelles em entrevista ao programa.

 

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