Até o final do mês de junho ou início de julho, a superintendência da Corsan em Santa Maria terá um laudo técnico com informações sobre a segurança da principal barragem que a companhia capta água para abastecer a cidade – a Dnos, na Região Norte. A empresa contratada deve começar os serviços somente na próxima semana em função das chuvas, mas terá um prazo máximo de 30 dias para realizar o trabalho.

No documento a ser emitido, constarão análises das estruturas do local através de imageamento elétrico. A barragem do Dnos tem capacidade em seu reservatório para 3,8 bilhões de litros de água e responde por 30% da demanda diária que é de 27 milhões de litros produzidos e distribuídos à população de todas as regiões da cidade. Já a Saturnino de Brito acumula 315.000m³.

Conforme o superintendente regional da Corsan em Santa Maria, José Roberto Ceolin Epstein, a ideia seria contar com esses dados ainda no mês de junho. O que atrapalha o início dos trabalhos é a questão climática, isto porque é necessário instalar equipamentos no interior das barragens.

“Precisamos de alguns dias sem chuva para a colocação dos sensores e de verificação de dados nos locais”, apontaEpstein.

O laudo geofísico permitirá ter uma visão interna da barragem.  Para chegar a essas imagens, existem três técnicas que serão empregadas pela empresa que executará o serviço: a de eletrorresistividade, a de potencial espontâneo, e a de georadar. Segundo Epstein, são tecnologias aplicadas pela geofísica para se fazer diagnósticos dentro de maciços de barragens, explica o superintendente.

“Todo esse procedimento de produzir um relatório a partir de um imagiamentoelétrico tem por objetivo buscar informações importantes de como está a estabilidade interna da barragem, as zonas de compactação e a questão dos filtros internos”, salienta Epstein.

O custo do laudo que será realizado por uma empresa de Porto Alegre será de R$ 60 mil.

Laudos já haviam sido realizados em anos anteriores

Em 2016 a Corsan já contratou uma empresa para produzir laudos e diagnósticos das barragens de Santa Maria, em especial a do Dnos.Agora é uma nova complementação aos estudos já realizados.   Em 2018, de acordo com Epstein, o Ministério do Desenvolvimento Regional igualmente fez verificações, diagnósticos e laudos em todas as barragens do país e a de Santa Maria também foi contemplada, atestando a segurança.

Crédito da foto: Corsan/Arquivo