Desde às 13h desta segunda-feira (13), cerca de 70 policiais civis participam de uma manifestação na frente da Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) de Santa Maria. O ato de mobilização se chama “Dia Nacional de Protestos das Polícias contra a reforma da Previdência”.

“Este ato está sendo realizado hoje em todo o país e estamos fazendo nossa parte aqui em Santa Maria. Não concordamos com parte do texto proposto pelo Governo Federal sem nenhum diálogo com nossa classe”, ressaltou o policial civil Leonardo Trevisan, um dos organizadores da mobilização.

Em função da paralisação, nesta tarde de segunda-feira, não haverá cumprimento de mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, operações policiais, oitivas, entre outros procedimentos. A orientação da UGEIRM é que todas viaturas permanecem paradas.  Na DPPA, somente serão atendidos flagrantes e casos de maior gravidade como: homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos, Lei Maria da Penha.

A paralisação se estenderá até as 18 horas por todo o estado. O ato foi convocado pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e no Rio Grande do Sul é organizado pelo  Sindicato dos Agentes de Polícia do RS (UGEIRM) e Sinpol-RS.

O ato

O Dia Nacional de Protestos faz parte de uma série de atividades contra a reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional e atinge diretamente os profissionais da segurança pública. Além do não reconhecimento das características próprias da atividade policial, como o risco de morte, a proposta traz a possibilidade do estabelecimento de uma alíquota extra de até 8%, que significará uma diminuição salarial para os (as) policiais de todo o país.

Outro ponto que atinge os (as) policiais e, por consequência, a segurança pública, é o não estabelecimento de uma regra de transição para a implementação das novas regras de aposentadoria. Além disso, segundo a UGEIRM, “com o estabelecimento de um gatilho para o estabelecimento da idade mínima de aposentadoria, em breve, teremos uma força policial extremamente envelhecida, com sérias dificuldades de garantir a segurança da população”.

 

 

 

Crédito da foto: Arquivo pessoal